Duplicação

Transtorno se arrasta à beira da rodovia em Pelotas

Há três anos, mãe e filha buscam solução para rachaduras e alagamentos em casa

Jô Folha -

Por Marina Amaral e Nicolas Vieira

Desde 2015, as obras na BR-116 estão causando danos à casa de dona Loeci Machado e da sua filha Fernanda. Elas moram próximo ao viaduto do bairro Sítio Floresta e sofrem com os alagamentos causados pelas chuvas. Rachaduras também se formaram em consequência do acúmulo de água. O comércio que possuem na residência também é atingido, uma vez que os equipamentos, como as geladeiras, estão parando de funcionar. “A água dá na canela”, explicou Fernanda.

Em busca de uma solução, mãe e filha procuraram o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que pediu que as duas entrassem em contato com a empresa responsável pelas obras na rodovia. Após averiguar toda a área, afirmaram que a residência fora atingida indiretamente pelas operações. Desapropriar metade da propriedade seria a solução, ou a família deveria ser indenizada.

O processo, no entanto, não foi finalizado. Durante três anos, Loeci e Fernanda procuraram as empresas, mas nada foi esclarecido ou feito. “Até hoje não resolveram nada”, garante Loeci. A cada chuva, as rachaduras aumentam e os alagamentos continuam. Durante o mutirão conciliatório, promovido pelo Dnit na última semana para a desapropriação de terras, elas buscaram a Justiça Federal, que informou ser o Departamento quem deveria resolver o problema.

Para Loeci, seria necessário mais uma avaliação das instituições responsáveis para medir os danos causados. Dessa forma, a família seria ajudada com os custos para reparar os estragos. “Minha casa se transformou em uma bacia”, lamentou.

Contraponto
O engenheiro chefe do Dnit, Vladimir Casa, disse à reportagem que o órgão está ciente da situação. Segundo ele, registros fotográficos do local foram feitos em 2015 e repassados à empresa responsável, que já deveria ter resolvido os problemas das rachaduras. Por contrato, todo dano resultante das obras é de responsabilidade da empresa atuante.

Quanto aos alagamentos, Vladimir aponta que o terreno em questão já era baixo antes da obra. Para prevenir o transtorno, o Dnit investiu em uma boca de lobo e em um sistema de tubulação que redireciona a água acumulada e garante a existência de um meio-fio alto, capaz de segurar as inundações. “Eu tenho convicção de que essa água não está vindo da BR”, garantiu.

Vladimir lembrou ainda que a rua lateral à casa de Loeci também foi asfaltada, pela prefeitura. Esta camada de asfalto por cima do que antes era estrada de chão aumenta o acúmulo de água e pode estar contribuindo de forma mais intensa com os alagamentos.

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